quinta-feira, 26 de julho de 2007

Realidade

O regresso à realidade foi mais duro do que pensei! Fiz todo o processo de mentalização, vivi intensamente as últimas semanas, preparei a partida, organizei a chegada... tudo me fazia pensar que regressar seria um processo suave!

Depois da agitação das primeiros dias, a alegria deu lugar à inquietude e à saudade. Acho que isso foi perfeitamente visível no meu comportamento. Senti-me deslocada, cansada, apática, desorientada... Senti falta dos rostos, do ritmo, das vozes, do verde, dos lagos, da língua estranha, dos sorrisos... Parece dramático, talvez por um momento tenha chegado perto de o ser... a realidade é que vivi intensamente esta experiência, 24horas sobre 24 horas, criaram-se cumplicidades, o nada jamais se repetirá... senti necessidade de fazer o "luto", talvez por esta ter sido, até hoje, a melhor e mais completa experiência da minha vida!

O meu Tio Martinho repete-me diversas vezes que "o caminho faz-se andando", o meu único receio é ficar parada...