terça-feira, 6 de março de 2007

Há longe... Há distância...

Ao meu Padrinho, que me viu crescer e me ensinou a ser...

Fragilidade
(Mafalda Veiga)

Talvez pudesse o tempo parar
Quando tudo em nós se precipita
Quando a vida nos desgarra os sentidos
E não espera, ai quem dera

Houvesse um canto para se ficar
Longe da guerra feroz que nos domina
Se o amor fosse como um lugar a salvo
Sem medos, sem fragilidade
Tão bom pudesse o tempo parar

E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve

Tão bom pudesse o tempo parar
E encharcar-me de azul e de longe
Acalmar a raiva aflita da vertigem
Sentir o teu braço e poder ficar

E é tudo tão fugaz e tão breve
Como os reflexos da lua no rio
Tudo aquilo que se agarra e já fugiu
É tudo tão fugaz e tão breve

Há longe... há distância... e sinto-as de alma pesada!

3 comentários:

Oravlart disse...

Entendo perfeitamente o que te vai na alma...
também eu tive um Padrinho de quem gostava muito, mas as Leis Universais são mesmo assim, de um momento para o outro fica-se numa espécie de vazio.
Mas depois o tempo encarrega-se de nos mostrar que a Luz é o chamamento e tudo fica tranquilo e em Paz.
Um beijo de arte no teu coração

martinho disse...

O que nos apetece dizer-te, neste momento de DOR intensa, é sobretudo que te acompanhamos, que estamos contigo, que gostamos muito de ti.
E parafraseando o belo poema de Mafalda Veiga:
A fragilidade da vida, sim, é isso que tanto nos dói. Está presa por um fio tão débil, tão frágil, que se parte sem darmos por isso.
E o tempo não pára, nem a vida espera.
Nem sequer o Amor nos proporciona um lugar a salvo.
E há vazios que não se preenchem.
E não vais ter outro Padrinho, porque este é teu para sempre, porque vive no teu coração.
Mas é tudo tão fugaz, tão breve!
E apesar do AMOR,
há Longes e Distâncias que doem tanto!
Mas a Vida não acaba, apenas se transforma!
Um grande abraço com o nosso carinho.

Elsa disse...

"Bato a porta devagar,
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida

É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira

(...)

Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão

Mas nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca me esqueci de ti"
Rui Veloso
Prima,tio, avô, padrinho, amigo seja quem for e onde for é impossivel esquecer-te e não te trazer sempre no coração...Não nunca nos esqueceremos de ti!E estamos sempre aqui!!!!
Beijinho muito grande...ainda que já saibas isto de cor... Adoro-te prima!